sábado, 28 de fevereiro de 2015

NOS PONTEIROS DO RELÓGIO

No relógio tem doze números; cada número me lembra das coisas de Deus:
1 – O número 1 faz-me lembrar que só existe um Deus, único e soberano criador de toda a terra;

2 – O número 2 me recorda que a Bíblia possui dois Testamentos: o Antigo e o Novo; que dois Varões de Branco apareceram aos galileus na ascensão de Jesus; que dois espias foram protegidos por Raabe em Jericó;

3 –Três são os membros da Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo; e que três coisas permanecem: a fé, a esperança e o amor;

4 – Quatro são os Evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas e João; Jesus foi o quarto homem na fornalha ardente; quatro faces tem um querubim;

5 – Cinco letras tem o nome de Jesus; Cinco foram os livros escritos por Moisés: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio; Cinco pedras pegou Davi para lutar contra Golias;

6 – Deus criou o mundo em seis dias, e descansou no sétimo; Seis pontas tem a estrela de Davi;

7 – Sete é o número que simboliza a perfeição; Naamã foi curado no sétimo mergulho; A muralha de Jericó caiu após a sétima volta; As sete vacas magras e as sete vacas gordas; os sete anos de tribulação; as sete igrejas da Ásia;

8 – Com oito dias, Jesus foi apresentado no templo; Oito foram os sobreviventes ao Grande Dilúvio;

9 – Nove são os dons espirituais: palavra da sabedoria, palavra da ciência, fé, dons de curar, operação de maravilhas, profecia, discernimento de espíritos, variedade de línguas e interpretação das línguas; Nove são os frutos do Espírito: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e temperança;

10 – Dez são os mandamentos do Senhor; Dez pragas caíram sobre o Egito; Dez foram os leprosos curados por Jesus;

11 – Onze foi o número de apóstolos que o Jesus ressuscitado visitou numa câmara fechada;

12 – Doze tribos de Israel; Doze filhos de Jacó; Doze apóstolos de Jesus; Doze homens espiaram Jericó; Com doze anos, Jesus ensinou os doutores; Doze anos padeceu a mulher do fluxo de sangue; e com doze anos a filha de Jairo foi ressuscitada.

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

O Engano de Toronto Paul Gowdy – Ex-pastor da Vineyard em Toronto

Levei nove anos até criar coragem e escrever este relato. Demorei porque não tinha convicção de que seria correto falar sobre as fraquezas do corpo de Cristo publicamente. Em segundo, porque tinha que fazer uma jornada espiritual de busca em minha alma e me convencer de que, o que havia ocorrido na Igreja Aeroporto de Toronto foi ruim ou pelo menos pior do que bom.

Durante alguns anos falei da experiência de Toronto como uma bênção misturada. Penso que James A. Beverly o chamou assim em seu livro Risada Santa e a Bênção de Toronto 1994. Hoje diria que foi uma mistura de maldição, concluindo que qualquer coisa boa que alguém recebeu através desta experiência pessoal é enormemente ultrapassada pela gravidade do mal e do engano satânico. Aqui residia meu grande dilema.
Tento viver a vida cristã no temor do Senhor e Jesus exortou-nos que um dos pecados sem perdão era a blasfêmia contra o Espírito Santo, isto é, atribuir a Satanás o que é de fato uma obra de Deus. Não quero correr o risco de admitir que a bênção de Toronto era de Deus ou de Satanás, mas creio que Satanás usou esta experiência para cegar as pessoas sobre as doutrinas históricas de Deus, em que o fruto cresce ao lado de uma vida de  arrependimento, pois as pessoas não puseram a prova aquelas manifestações para saber se eram mesmo de Deus ou de espíritos enganadores, e não testaram para saber se as profecias eram mesmo de Deus.
Depois de três anos fazendo parte do núcleo da bênção de Toronto nossa Igreja Vineyard em Scarborough ao leste de Toronto, praticamente se auto-destruiu. Devoramo-nos uns aos outros com fofocas, falando mal pelas costas, com divisões, partidarismo, criticas ferrenhas uns dos outros, etc. Depois de três anos “inundados” orando por pessoas, sacudindo-nos, rolando no chão, rindo, rugindo, rosnando, latindo, ministrando na igreja Internacional do Aeroporto de Toronto, fazendo parte de sua equipe de oração, liderando o louvor e a adoração naquele local, praticamente vivendo ali, tornamo-nos os mais carnais, imaturos, e os crentes mais enganados que conheci. Lembro-me de haver dito ao meu amigo e pastor principal da igreja de Vineyard de Scaraborough em 1997 de que, desde que a bênção de Toronto chegou ficamos esfacelados. Ele concordou.
Minha experiência é de que as manifestações dos dons espirituais de 1 Coríntios 12 eram mais comuns em nossas reuniões antes de Janeiro de 1994 (quando começou a bênção de Toronto) do que durante o período da suposta visitação do Espírito Santo.
No período de 1992-1993 quando orávamos pelas pessoas experimentamos o que chamo de a verdadeira profecia, libertação e graça vindas de nosso Senhor. Depois que se iniciou a bênção de Toronto, os períodos de ministração mudaram, e as únicas orações que ouvíamos era: “Mais, Senhor”; com gritos de “fogo!”, sacudidelas esquisitas do corpo, e expressões de “oh!uuu!iehh”.
Em 20 de janeiro de 1994 15 pessoas de nossa igreja foram ouvir Randy Clark, pastor da Igreja Vineyard na Igreja do Aeroporto de Toronto. John Arnot (pastor da igreja do aeroporto) convidou-nos para ir até lá. Ele nos disse que Randy havia estado nas reuniões de Rodney Howard Browne e que a coisa estourou em sua igreja nas semanas seguintes. John esperava que algo acontecesse também entre nós. Ficamos felizes em nos dirigir até lá. Tínhamos uma igreja noutra localidade que havia começado em 1992. Era uma igreja do centro de Scaraborough, ligada ao grupo Vineyard, mas bem a leste da Igreja do Aeroporto. Éramos uma família grande e alegre. E porque éramos poucos tínhamos reuniões especiais, conferencias, etc.
No ano anterior a maioria de nossos líderes participou de uma curta viagem missionária à Nicarágua. Na ocasião gozávamos de muita comunhão uns com os outros. Desde que deixei de fazer parte das igrejas Vineyard li muitos comentários e análises críticas. Alguns escreveram que a bênção de Toronto era uma grande conspiração que trazia heresia ao corpo de Cristo. Minha convicção é de que a heresia e a apostasia são apenas o resultado, mas nada do que aconteceu ali era intencional. Estou convencido de que os líderes das igrejas Vineyard são pessoas sérias que experimentaram um novo nascimento, amam o Senhor, mas cairam no laço do engano. Não amaram o Senhor o suficiente para guardar os seus mandamentos. Fracassaram por não obedecer as escrituras, e se desviaram porque anelavam  algo maior e grandioso, mais empolgante e dinâmico. Eu também cometi este pecado. Preguei sobre esta renovação na Coréia, no Reino Unido, nos Estados Unidos e aqui no Canadá, e estou profundamente arrependido ao escrever este relato, e peço-lhes que vocês, a noiva e o corpo de Cristo me perdoem. Especialmente os pentecostais e carismáticos, pois todos fazem parte de minha família teológica.
Sou um crente “evangelical”, sempre o fui e jamais cri que os dons espirituais cessaram no fim da era apostólica. Creio que minhas raízes evangélicas (minha família é de Batistas e eu tive uma experiência de conversão e novo nascimento na igreja Presbiteriana) começaram  a abrir os meus olhos para os problemas com a chamada renovação. Hoje, olhando pra trás fico me perguntando como fiquei tão cego assim? Eu via as pessoas  imitando cachorros, fazendo de conta que urinavam nas colunas da Igreja do Aeroporto. Observava as pessoas agirem como animais latindo, rugindo, cacarejando, fazendo de contas que voavam, como se asas tivessem, comportando-se como bêbados, entoando cânticos “sem pé nem cabeça”, isto é, sem sentido algum. Hoje fico perplexo em pensar que eu aceitava tais coisas como manifestações do Espírito Santo. Era algo irreverente e blasfemo ao Espírito Santo da Bíblia.
Naquele tempo pensava que, enquanto não ensinassem qualquer coisa que violasse as escrituras, o que experimentávamos e víamos podia ser encaixado no campo do que chamamos de exótico. É um zumbido de manifestações que não encontram justificativas na perspectiva bíblica. Ensinaram-nos nas pregações que tínhamos apenas duas opções: uma enfermaria pulsando a vida (de bebês) em meio a fraldas sujas e crianças chorando ou o cemitério, onde tudo está em ordem, mas só há mortos. Pastor jovem e inexperiente optei pela vida no caos. Não percebia que Deus quer que amadureçamos e que cresçamos nele. Fiquei perturbado com a palavra profética que veio através de Carol Arnot (esposa do líder em Toronto), relatando-nos que tivera uma experiência de noiva ao ser conduzida à presença de Jesus. Ela afirmou que o que experimentou era muito melhor que sexo! Aquilo me perturbou e comecei a me perguntar: como alguém pode comparar o amor de Deus ao sexo?
Quando começamos a suspeitar de que os demônios estavam à vontade em nossos cultos, John Arnot ensinava que devíamos nos perguntar se eles estavam chegando ou saindo. Se está saindo deles, está bem! John defendia o caos afirmando que não devíamos ter medo de sermos enganados, pois se havíamos pedido ao Espírito Santo para nos encher; como Satanás poderia nos enganar?
Isto deixaria o diabo muito forte e Deus muito fraco. Ele afirmava que precisávamos ter mais fé num grande Deus que nos protegia do que num grande diabo que nos enganaria.
Tais palavras eram convincentes, mas totalmente contrárias as escrituras, pois Jesus, Paulo, Pedro e João alertaram-nos sobre o poder dos espíritos enganadores, especialmente nos últimos dias. Mesmo assim, não devotamos amor a Deus para lhe obedecer a palavra, e, como conseqüência, abrimo-nos a ação de espíritos mentirosos. Que Deus tenha misericórdia de nós!
Finalmente a ficha caiu quando eu rolava pelo chão, certa noite, bêbado no Espírito, como costumávamos dizer, e ali, cantando e rolando no chão, comecei a cantar uma canção de ninar: “Maria tinha um cordeiro e seu pelo era mais alvo que a neve”. Cantei esta música infantil de maneira debochada e imediatamente alguma coisa em meu coração sussurrou que aquilo era um demônio. (N.T. Ele se refere a canções de Jardim da Infância, ou Nursery Rhyme, em que, nos contos de fada as crianças aprendem a falar cantando linguagens infantis, e refere-se especialmente a Mary had a little Lamb, uma das mais conhecidas). Imediatamente me arrependi e fiquei chocado com aquela experiência. Como um demônio entrou em mim? Eu amava a Deus? Não era zeloso pelas coisas de Deus? Não era totalmente louco por Jesus? Percebi que um espírito imundo acabara de se manifestar através de minha vida e era culpado de um grande pecado. Depois disto me afastei da Igreja do Aeroporto (TACF). Não tinha convicção de que deveria denunciar aquelas experiências, mas senti que tínhamos fracassado em pastorear a bênção.
Depois que parei de freqüentar o TACF – Toronto Airport Church – tive que pastorear as conseqüências ou os frutos dali. Exemplo disto foi quando algumas pessoas voltaram de uma reunião e nos perguntaram se havíamos recebido a espada dourada do Senhor. Perguntei-lhes de que se tratava, imaginando que alguma palavra profética tivesse sido liberada em relação as escrituras, mas me responderam: “Não, não é a Bíblia; é uma espada invisível que somente os verdadeiramente puros poderão receber. Se for tomada de maneira errada, então será morto pelo Senhor. Mas, se você for santo o suficiente para recebê-la, então você poderá desembainhá-la pois ela cura Aids, câncer, etc. e produz salvação. A pessoa deve fazer gestos de ataque, imaginando ter em suas mãos esta espada invisível, avançando sobre as pessoas enquanto está em oração! Pensei: além do engano, a Igreja Aeroporto passou a fazer parte dos desenhos animados!
Esta “revelação” foi recebida pela Carol Arnott e depois repassada aos que eram mais santos. O mesmo aconteceu com as obturações de ouro. Pessoas de nossa congregação abriam a boca umas para as outras procurando os dentes de ouro que Deus colocara ali, para provar o quanto nos amava. Durante os anos que ali fiquei só ouvi uma vez uma mensagem de arrependimento pregada por um conferencista de Hong Kong, Jack Pullinger. A mensagem passou alto, bem acima de nossas cabeças, como um balão de gás; não estávamos ali para nos arrepender, e sim para fazer festa ao Senhor!
Depois de um ano na “bênção” preguei num encontro de pastores e falei: “Amigos, temos nos sacudido, nos arrastado pelo chão, rolamos por terra, rimos, choramos e adquirimos as camisetas da igreja. Mas não temos avivamento, nem salvação, nem frutos, nem aumento de evangelização,  por isso, qual é a graça?”. Fui repreendido – afinal, quem era eu para anelar frutos quando o Senhor estava curando seu atribulado povo? Durante anos éramos legalistas, e Deus agora estava restaurando as feridas libertando-nos do legalismo. Aconselharam-me a não forçar o Senhor que os resultados apareceriam no temo certo.
Eu sabia que isto estava errado, pois o Senhor ordenou fazer discípulos de todas as nações. O argumento era: temos direito a um ano sabático, pois, quem sabe por quanto tempo Deus fará coisas novas e diferentes!
Por fim, não comentei a controvertida questão da ordenação de mulheres. Pessoalmente acredito, pelas escrituras, que as mulheres não devem ser pastoras ou presbíteras numa assembléia local. Eu poderia estar errado quanto a isto e existe muito debate na igreja a este respeito, e esta era minha convicção, mas as igrejas Vineyard estavam ordenando todas as esposas de pastores para serem co-pastoras com eles. Sou a favor de mulheres no ministério, mas creio que o papel do ancião/pesbítero/pastor local foi reservado aos homens. Não fui eu quem escreveu a Bíblia, mas pela graça de Deus quero obedecê-la daqui em diante.
Esta é minha história. Poderia continuar apresentando farta documentação dos excessos, loucuras, extravagâncias e pecados. Cantamos sobre o exército de Joel e o avivamento de bilhões como se fossem os dez mandamentos; e como sempre, parece que o avivamento já está chegando dobrando a esquina. No próximo mês, no próximo ano, etc. Jesus falou que, quando o Filho do homem voltar, encontrará fé na terra? Esta é a mensagem dominadora que tem sido ensinada em todo movimento profético, espiritual, especialmente do Vineyard. Às vezes imagino que eles pensam que vão dominar o mundo todo! Mas foi lá no Vineyard que aprendi uma frase de Paulo de que não devemos ir além da palavra escrita.
Concluindo, quero lamentar o dano, que eu pessoalmente perpetrei ensinando coisas que não são bíblicas. Eu me arrependo diante de vocês e diante de Deus. Eu não testei os espíritos quando a palavra ordena que assim seja feito. Todos os que estavam ali quando estas coisas começaram a acontecer sabem que o que escrevo é a verdade. Podem ter conclusões diferentes, especialmente se ainda promovem o “rio”.
Aos que estão no “rio” eu exorto; nadem para fora, existem coisas vivas na água que irmão lhe atacar! Amo as pessoas da Igreja Aeroporto e o movimento Vineyard, mas penso que temos muitas contas a prestar; o Senhor lhes abrirá os olhos qualquer dia desses. Imagino que quando esta carta for publicada serei bombardeado por cartas de ambos os lados, alguns me condenando por ainda crer no ministério do Espírito Santo e andando no engano e alguns amigos antigos condenando-me por expor a sujeira ou por ser negativo com respeito a unção do Senhor. Bem, o Senhor conhece meu coração e por sua graça haverá de me guiar a toda verdade, pois quero conhecer a Jesus Cristo o crucificado.
Se você acha que estou no erro ore por mim para que o Senhor me abra os olhos, pois quero estudar a palavra e me tornar varão aprovado. Peço a todos os que lerem esta carta que orem para que o Senhor abra os olhos daqueles que estão sendo enganados. Quer sejamos líderes ou seguidores, somos amados de Deus e ele é um Deus perdoador. Ele afirma que se confessarmos nossos pecados ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça. Creio que somos como a igreja de Laodicéia; pensamos que somos ricos, prósperos e sem necessidade alguma, e, no entanto não percebemos que estamos cegos e nus. Precisamos levar a sério o conselho de Jesus comprando ouro refinado no fogo (que fala do sofrimento e não de espíritos enganadores), vestiduras brancas para cobrir nossa nudez e colírio para os olhos para poder ver outra vez. O Senhor nos chama ao arrependimento, e graças ao Senhor pelo que ele é, pois nos conduzirá e nos restaurará ao Pai. Se Deus me perdoou e abriu os meus olhos então poderá agir a favor de todos os que estão no engano. Termino com o alerta de Paulo que permaneçamos firmes para não tropeçarmos em coisa alguma.
Sinceramente,
Paul Gowdy

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

No Novo Ano Tudo Vai Ser Diferente?




No Novo Ano Tudo Vai Ser Diferente?

Peter Malgo
"No novo ano tudo vai ser diferente! Vou deixar meus maus hábitos!"
Você também tomou resoluções desse tipo, usando a mudança de
 ano como data para uma virada em sua vida?
A cada novo ano, muitas pessoas tomam resoluções radicais para suas vidas.
A mudança de ano vem acompanhada de uma certa aura de transformação,
levando-nos a crer que nessa data será mais fácil romper com maus hábitos
e superar fraquezas de caráter.
O que sobra de todos esses bons propósitos? O que resta das decisões
tomadas em datas aparentemente significativas? Talvez alguns se lembrem
 que no dia 9/9/99 foram realizados muitos casamentos em diversas partes do mundo.
 E agora certamente os primeiros desses matrimônios já estão desfeitos.
Harmonia rompida e promessas de fidelidade não cumpridas levaram ao fracasso.

Pedro garantiu certa vez a seu Mestre:
"Ainda que me seja necessário morrer contigo, de nenhum modo te negarei" (Mt 26.35) –
mas ele falhou vergonhosamente.
Será que o comportamento desse discípulo não espelha nossos próprios propósitos vãos?
Será que também nós não falhamos repetidamente? Paulo escreve:
 "Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço" (Rm 7.19).
Muitos de nós procuram desculpar e minimizar suas falhas, dizendo:
 "Paulo também era assim..."
Mas ele, nessa passagem, procura apenas demonstrar a luta
entre o bem e o mal dentro de cada um de nós.
Em outras passagens fica muito claro que ele estava empenhado
 com todas as suas forças em viver uma vida vitoriosa.
Paulo prosseguia em direção ao objetivo, em direção a Cristo:
 "...prossigo para o alvo..." (Fp 3.14).

No caso de Daniel, a chave para sua vida vitoriosa estava muito bem definida.
Ele também chegou ao ponto em que tomou uma resolução:
"Resolveu Daniel, firmemente, não contaminar-se com as finas iguarias do rei,
 nem com o vinho que ele bebia" (Dn 1.8).
Daniel conseguiu colocar sua resolução em prática porque,
mesmo sob ameaça de morte,
em nenhuma circunstância deixou de orar três vezes por dia ao seu Deus:
 "três vezes por dia, se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como costumava fazer" (Dn 6.10b).
Esse hábito era algo natural para ele.
 Mas é justamente nesse ponto que todos os nossos bons propósitos falham.
Estamos dispostos, temos o firme propósito de deixar de lado maus hábitos e velhos defeitos. Dizemos a nós mesmos:
"A partir de 1º de janeiro vai ser para valer!"
 Mas falharemos vergonhosamente mais uma vez se apenas deixarmos os maus costumes de lado, sem nos habituarmos a levar uma vida realmente voltada para Deus.
Como está nossa relação com Deus?
Tornou-se hábito para nós ler Sua Palavra, orar e servi-lO? Acerca de Jesus está escrito: "E, saindo, foi, como de costume, para o monte das Oliveiras; e os discípulos o acompanharam. Chegando ao lugar escolhido, Jesus lhes disse: Orai, para que não entreis em tentação" (Lc 22.39-40). É nesse sentido que desejo a todos um ano muito abençoado, um ano em que nossos hábitos e costumes nos levem para mais perto de nosso Senhor e Mestre. "Orai, para que não entreis em tentação!"

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Uma Vida de Prazeres?

A Bíblia Nos Promete Uma Vida de Prazeres?

Alexander Seibel
Quando Saulo tornou-se Paulo, uma voz divina anunciou: “Vou lhe mostrar como você poderá gozar muito melhor a sua vida!” Será que é o que realmente está escrito na Bíblia? Pelo contrário, lemos: “Eu lhe mostrarei quanto lhe importa sofrer pelo meu nome” (At 9.16).Foi o que Deus disse a Ananias acerca de Paulo. Portanto, foi quase o oposto do que muitos entendem hoje por vida cristã.

Prazer e sofrimento

O Novo Testamento está permeado pelo tom do sofrimento, e é justamente isso que não agrada à nossa velha natureza, que adora cuidar bem de sua carne e de gozar a vida. Paulo e Barnabé, por exemplo, exortaram os discípulos “a permanecer firmes na fé; e mostrando que, através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus” (At 14.22).
Paulo, o apóstolo dos gentios, lembra a Timóteo, seu discípulo mais fiel, que “todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos” (2 Tm 3.12).
Isso não soa como uma vida de prazeres e de riqueza abundante, como tanto se apregoa hoje em dia. Temos inclusive uma carta inteira no Novo Testamento que se ocupa com o tema do sofrimento: a Primeira Epístola de Pedro. Ele explica que a fé é provada e aprovada através do sofrimento (1 Pe 1.6-7). Portanto, em completa oposição à sociedade caracterizada pelo entretenimento e ao cristianismo que confunde discipulado com diversão e festa. Aos crentes da Ásia Menor, Cristo é apresentado como exemplo naquilo que sofreu, para que sigamos os Seus passos (1 Pe 2.21).
Será que não acabamos literalmente criando um outro evangelho, um evangelho de bem-estar, que afaga o ego e o velho Adão?

Jesus e o sofrimento

A Carta aos Hebreus menciona, inclusive, que nosso Senhor, “embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu” (Hb 5.8). Se isso foi válido para o Filho de Deus, quanto mais vale para nós! O servo, como se sabe, não está acima de seu Mestre.
Pedro diz ainda mais: “Ora, tendo Cristo sofrido na carne, armai-vos também vós do mesmo pensamento; pois aquele que sofreu na carne deixou o pecado, para que, no tempo que vos resta na carne, já não vivais de acordo com as paixões dos homens, mas segundo a vontade de Deus” (1 Pe 4.1-2).

Tema recorrente

Sofrimento e não prazer ou bênçãos materiais é o tema recorrente nas cartas dos apóstolos. Paulo chega a dizer: “Porque vos foi concedida a graça de padecerdes por Cristo e não somente de crerdes nele” (Fp 1.29). De forma semelhante, Pedro admoesta em sua carta:“Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois co-participantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando” (1 Pe 4.12-13).
A fé é provada e aprovada através do sofrimento.
Será que isso ainda é proclamado em nossa sociedade de consumo, que já chega a “celebrar” o discipulado e a vida cristã? Será que frases tão negativas não deveriam ser sumariamente riscadas da Bíblia? Não acabamos literalmente criando um outro evangelho, um evangelho de bem-estar, que afaga o ego e o velho Adão?

Sem rodeios

Aos coríntios, que igualmente estavam em perigo de exercer poder e “domínio”, Paulo escreve sem rodeios: “Já estais fartos, já estais ricos; chegastes a reinar sem nós; sim, tomara reinásseis para que também nós viéssemos a reinar convosco. Porque a mim me parece que Deus nos pôs a nós, os apóstolos, em último lugar, como se fôssemos condenados à morte; porque nos tornamos espetáculo ao mundo, tanto a anjos, como a homens. Nós somos loucos por causa de Cristo, e vós, sábios em Cristo; nós, fracos, e vós, fortes; vós, nobres, e nós, desprezíveis. Até à presente hora, sofremos fome, e sede, e nudez; e somos esbofeteados, e não temos morada certa, e nos afadigamos, trabalhando com as nossas próprias mãos. Quando somos injuriados, bendizemos; quando perseguidos, suportamos; quando caluniados, procuramos conciliação; até agora, temos chegado a ser considerados lixo do mundo, escória de todos” (1 Co 4.8-13).
Isso soa como prazer, sucesso, conforto e prosperidade? É quase o oposto de tudo aquilo que hoje nos é apresentado simuladamente pelos “evangelistas da prosperidade” como se fosse o Evangelho de Cristo.

Negativo e derrotista?

Para que minhas palavras não sejam interpretadas como uma defesa do sofrimento e uma declaração de derrotismo cristão, devo mencionar que Deus deseja que “vivamos vida tranqüila e mansa, com toda piedade e respeito” (1 Tm 2.2). Na mesma Carta a Timóteo está escrito: “Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento” (1 Tm 6.17).
O Senhor nos promete, sim, uma vida abundante (Jo 10.10), porque para os cristãos as questões primárias da culpa e do sentido da vida já estão resolvidas.
Somos gratos por toda a paz e pelo bem-estar que a graça de Deus tem nos concedido no mundo ocidental por um tempo admiravelmente longo. Mas fazer dessa realidade um evangelho é, brandamente falando, contradizer o espírito do Novo Testamento. O Senhor nos promete, sim, uma vida abundante (Jo 10.10), porque para os cristãos as questões primárias da culpa e do sentido da vida já estão resolvidas. Em obediência a Deus, o discípulo de Jesus pode ter, sim, muita alegria, alegria plena (1 Jo 1.4). Mas essa alegria é em primeiro lugar espiritual e não está, necessariamente, refletida no nível material.

Movido pela alegria

Quando Paulo ditou sua carta “movida pela alegria” aos filipenses exortando os crentes a “alegrar-se sempre” (Fp 4.4), ele próprio encontrava-se algemado na prisão.

Discutindo com os super-apóstolos

Em suas discussões com pregadores “poderosos” e triunfalistas, que Paulo chama ironicamente de “sábios”, “fortes”, “nobres” (1 Co 4.10), ele se gloria de sua própria fraqueza (2 Co 12.9), especialmente porque esses falsos mestres se vangloriavam de seu grande poder e de sua própria autoridade. Eles também passavam a idéia de que apenas através deles o mundo daquela época fora alcançado com um evangelho “poderoso” e “pleno” (2 Co 10.12-16). Paulo contrapõe a esses falsos apóstolos e obreiros fraudulentos, como também os chama, a extensa lista de seus próprios sofrimentos (2 Co 11.22-23), provando que ele era um apóstolo legítimo.
Isso ainda é pregado atualmente? Isso ainda é proclamado nos programas cristãos de televisão? Os apóstolos residiam em belas casas e lá ditavam suas cartas? A visão mais profunda dos mistérios do tempo da graça é fornecida por Paulo nas cartas aos efésios e aos colossenses, que ele escreveu quando se encontrava encarcerado. Em seu discurso de despedida em Mileto ele disse: “o Espírito Santo, de cidade em cidade, me assegura que me esperam cadeias e tribulações” (At 20.23). Isso não soa como a expectativa por eventos especialmente prazerosos.

Vida de prazeres?

Humildade, lágrimas, provações, ciladas, cadeias e tribulações, de fato, uma vida “de prazeres”! Mesmo quando Paulo suplicou por uma vida física mais ou menos normal, sem o espinho na carne, seu pedido não foi atendido. Será que ele não deveria ter enfrentado essa limitação física com visualização ou pensamento positivo? Esse homem de Deus podia dizer de si mesmo: “...pobres, mas enriquecendo a muitos; nada tendo, mas possuindo tudo” (2 Co 6.10). Devemos temer, com justiça, que muitos dos pregadores de sucesso de nossos dias literalmente invertem a ordem das coisas: “ricos, mas empobrecendo a muitos”.
Todo esse evangelho da prosperidade e do bem-estar é um cumprimento de 2 Timóteo 4.3, onde está escrito que os homens dos últimos dias cortejarão mestres por cujas palavras sentem coceira nos ouvidos, mestres que os agradem. Muitos gostariam de ouvir que Deus quer nos fazer grandes, ricos, saudáveis e poderosos. Essa era a mensagem dos amigos de Jó, que não conseguiam entender que Jó enfrentava tanto sofrimento por se encontrar dentro da vontade de Deus.
Paulo explicou: que os “crentes” dos últimos dias não apenas serão “amantes de si mesmos” (2 Tm 3.2, Ed. Revista e Corrigida) mas “mais amigos dos prazeres (tradução literal da palavra grega “philedonos”) que amigos de Deus” (2 Tm 3.4).

Uma geração hedonista

Esta é a mensagem para uma geração hedonista, como Paulo explicou: que os “crentes” dos últimos dias não apenas serão “amantes de si mesmos” (2 Tm 3.2, Ed. Revista e Corrigida) mas “mais amigos dos prazeres (tradução literal da palavra grega “philedonos”) que amigos de Deus” (2 Tm 3.4).
Será que Jesus também ofereceu uma falsa fé? Ele disse à igreja de Esmirna:“Não temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o Diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida” (Ap 2.10).

O oposto do triunfalismo

Isso é totalmente oposto ao atual triunfalismo do evangelho da prosperidade. É monstruoso o que é tolerado e propagado na cristandade contemporânea. Esta geração ocidental literalmente criou um evangelho resumido e derivado de seu hedonismo, de sua amoldagem ao espírito da época, de sua loucura por saúde, bem-estar e entretenimento, de seu desejo por prazeres carnais e de sua auto-estima.

Pobre, miserável, cego e nu

Talvez a melhor caracterização da situação espiritual desses pregadores e adeptos do evangelho da prosperidade e do bem-estar seja a declaração de Jesus Cristo a uma igreja próspera e abastada, mal acostumada ao sucesso, a igreja de Laodicéia: “pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu” (Ap 3.17).

Vitimas ou Pecadores!

Vitimizando os Cristãos

Martin e Deidre Bobgan
Teorias e terapias de aconselhamento psicológico deram aos americanos uma nova maneira de pensar e fizeram dos EUA uma cultura terapêutica do ego – onde o eu e como ele se sente sobre si mesmo estão no centro de todo propósito (naturalmente, essa tendência não se limita aos EUA. Ela logo se espalha pelo mundo ocidental, razão porque este artigo tem validade para muitos outros países – N. R.). As pessoas aderiram a um modo de pensar psicológico que coloca as privações e as “feridas” emocionais como as causas principais de quase todos os problemas pessoais e sociais. Esse modo de pensar tem o potencial de fazer com que todos sejam vítimas que precisam dos serviços do sistema de saúde mental que se expande cada vez mais. Quinze anos atrás, Charles Sykes escreveu um livro intitulado A Nation of Victims: The Decay of the American Character(Uma Nação de Vítimas: A Decadência do Caráter Americano), no qual diz:
ethos [síntese dos costumes de um povo] da vitimização tem uma capacidade interminável não apenas de eximir uma pessoa da culpa e de remover toda sua responsabilidade numa torrente de explicações – racismo, sexismo, pais desajustados, vícios, e enfermidades – mas também de projetar a culpa sobre os outros.[1]
Sykes também diz: “O impulso de escapar da responsabilidade pessoal e culpar os outros parece muito mais profundamente arraigado na cultura americana”.[2] Na verdade, ele declara: “O Hino Nacional tornou-se A Lamúria”, e explica, “Cada vez mais, os americanos agem como se tivessem recebido uma permissão para escaparem permanentemente do infortúnio e uma liberação contratual da responsabilidade pessoal”.[3]

O modo de pensar psicológico

O modo de pensar psicológico evoluiu a partir do desenvolvimento razoavelmente recente da psicologia clínica (incluindo a psicoterapia, a psicologia do aconselhamento, e o aconselhamento familiar e matrimonial), que nasceu em faculdades e universidades em torno de 1950 e se expandiu por meio da política e do dinheiro.[4] Desde aquela época, a psicologia clínica explodiu até o ponto de a Dra. Ellen Herman descrever a popularidade e o impacto da psicologia no mundo ocidental em seu livro The Romance of American Psychology (O Romance da Psicologia Americana):
A introvisão (insight) psicológica é o credo do nosso tempo. Em nome da iluminação, os estudiosos prometem ajuda e fé, conhecimento e conforto. Eles inventam fórmulas seguras para uma vida feliz e planos ambiciosos para dissolver os nós dos conflitos. A psicologia, de acordo com seus incentivadores, possui respostas valiosas para nossas perguntas pessoais mais difíceis e oferece soluções práticas para nossos problemas sociais mais intratáveis.[5]
Herman também afirma:
Nos Estados Unidos do final do século XX, provavelmente vamos crer em tudo que os estudiosos da psicologia nos dizem. Eles falam com autoridade a uma vasta audiência e se tornaram figuras familiares na maioria das comunidades, na mídia, e em virtualmente todas as áreas da cultura popular. O aconselhamento deles é um grande negócio.[6]
As pessoas aderiram a um modo de pensar psicológico que coloca as privações e as “feridas” emocionais como as causas principais de quase todos os problemas pessoais e sociais.
O tipo de psicologia que tem esse poder de fazer as pessoas se tornarem vítimas é a psicoterapia com suas psicologias subjacentes, tais como a teoria do inconsciente de Sigmund Freud e a hierarquia das necessidades de Abraham Maslow, juntamente com cerca de 500 sistemas diferentes de aconselhamento e suas teorias. Afinal, quem tem uma vida perfeita? Certamente nenhum dos teóricos, os quais desenvolveram seus sistemas a partir de sua própria vida pessoal e imaginação criativa.[7]
Em seu livro Manufacturing Victims: What the Psychology Industry is Doing to People (Fabricando Vítimas: O Que a Indústria da Psicologia Está Fazendo às Pessoas), a Dra. Tana Dineen revela em que se transformou a assim chamada profissão de “cuidados e orientação”. Ela começa sua obra com as seguintes palavras e o restante do livro prova o que ela quer dizer:
A psicologia se apresenta como uma profissão que demonstra cuidado e afeição e que trabalha para o bem de seus clientes. Mas, por trás da fachada de benevolência, está uma indústria voraz, que serve a si própria e que oferece “fatos” que são geralmente infundados, fornece uma “terapia” que pode causar danos, e exerce uma influência que está produzindo efeitos devastadores no tecido social.[8]
Dineen também afirma:
Não é novidade dizer que a psicologia se tornou uma força cultural influente ou que a sociedade está se tornando cada vez mais cheia de pessoas que se consideram vítimas e que são psicologicamente carentes de uma forma ou de outra.
A novidade é que a psicologia está fabricando a maioria dessas vítimas; que ela está fazendo isso por motivos baseados no poder e no lucro (ênfase da autora).[9]
Embora, de fato, haja vítimas reais, o modo de pensar psicoterapêutico banalizou os horrores que algumas pessoas experimentaram, expandindo seu significado de forma que qualquer um, se quiser, preenche os requisitos e pode achar que tem aquele problema. O papel da vítima pode ser deveras sedutor. Além de atrair a solidariedade dos amigos, ocupar horas intermináveis de terapia psicológica centralizada no eu, e ser eximido da responsabilidade e da culpa, ser vítima fornece uma nova identidade, [permitindo à pessoa] ser o herói ou a heroína em seu próprio drama de superar obstáculos horrendos na grande busca pela cura psicológica. Em vez de ter que enfrentar o desagradável fato de seu próprio pecado sem desculpas nem razões, ou de troca de acusações, a pessoa escolhe ser vítima. A Dra. Carol Tavris e o Dr. Elliot Aronson descrevem a utilidade do fazer-se de vítima que vem da terapia das memórias recuperadas. Eles afirmam em seu livro Mistakes Were Made (but not by me): Why We Justify Foolish Beliefs, Bad Decisions, and Hurtful Acts [Erros Foram Cometidos (mas não por mim): Por Que Justificamos Crenças Tolas, Decisões Erradas, e Atos Prejudiciais]:
Por que as pessoas diriam se lembrar que sofreram experiências angustiantes se não as tivessem sofrido, especialmente quando essa crença causa divisões na família e entre os amigos? Ao distorcer suas memórias, essas pessoas podem “conseguir o que querem ao alterarem o que tiveram”, e o que querem é fazer com que sua vida presente, não importa quão desolada ou rotineira, torne-se uma vitória deslumbrante sobre a adversidade. Lembranças de abuso também as ajudam a resolver a dissonância entre “Sou uma pessoa inteligente e competente” e “Minha vida agora está realmente uma droga” com uma explicação que as faz sentirem-se bem e isentas de responsabilidade: “Não é minha culpa que minha vida esteja essa droga. Olhe só que coisas horríveis fizeram comigo”.[10]

O modo de pensar psicológico cristianizado?

A mentira de que a Palavra de Deus, a obra do Espírito Santo e a comunhão dos santos não são suficientes para curar os chamados problemas psicológicos existenciais é promovida por inúmeros líderes e aceita na maior parte das igrejas.
Sim, estamos rodeados por uma nação de vítimas com um modo de pensar terapêutico, mas, esperem – somos cristãos! Como isso afeta aqueles dentre nós que receberam nova vida através da obra completa que Jesus realizou na cruz? O que isso tem a ver com o Evangelho e com viver a vida cristã? Muito!
Quase tão logo quanto o romance da psicologia laçou os americanos, ela foi adotada pelos cristãos que acreditavam que as teorias e terapias de aconselhamento psicológico seriam úteis para ajudar os crentes. Essas ideias de aconselhamento psicológico foram trazidas para as aulas de aconselhamento pastoral em inúmeros cursos de teologia de graduação e de pós-graduação. A seguir vieram os “psicólogos cristãos”, que tramaram um plano para integrar as teorias e terapias de aconselhamento psicológico com o cristianismo, tanto para aconselhar os crentes quanto para instruir os santos sobre como viver a vida cristã. E agora, que conselho as pessoas ouvem quando estão lutando com alguma angústia emocional e algum problema existencial? “Você precisa de aconselhamento!” O que querem dizer é: aconselhamento profissional, psicoterapia e suas teorias subjacentes do ego. Por quê? Porque acreditam numa mentira que, em resumo, diz que a cruz de Cristo, a Palavra de Deus, a obra do Espírito Santo e a comunhão dos crentes não são suficientespara pessoas com problemas emocionais ou de relacionamento. Crêem que os cristãos precisam aquilo que apenas as teorias e terapias podem oferecer. Isso acontece por causa do que Sykes chama de
O triunfo da mentalidade terapêutica... que insistia em ver as questões imemoráveis da vida humana como problemas que demandam soluções. A cultura terapêutica forneceu ambos em abundância: os terapeutas transformaram os antiqüíssimos dilemas humanos em problemas psicológicos e afirmaram que eles (os terapeutas) eram os únicos que conheciam o tratamento.[11]
Essa mentira de que a Palavra de Deus, a obra do Espírito Santo e a comunhão dos santos não são suficientes para curar os chamados problemas psicológicos existenciais é promovida por inúmeros líderes e aceita na maior parte das igrejas. Um desses líderes é o Dr. Bruce Narramore, Professor Emérito da Faculdade de Psicologia Rosemead da Universidade Biola, que diz:
Acho que os críticos [da psicologia] precisam perguntar: “Por que as pessoas estão tão interessadas na psicologia?” A idéia é que deveríamos voltar aos modos antigos. Mas os modos antigos não estavam funcionando.[12]
Narramore afirma isso sem provas ou evidências e, portanto, implica que, por quase 2.000 anos, Deus falhou em dar a Seus filhos os meios de tratar dos problemas existenciais.
O problema do pecado vem de dentro de nós e a solução vem de fora de nós. Ela vem do próprio Deus por meio da cruz de Cristo.
A integração das teorias e terapias da psicologia do aconselhamento foi bem sucedida em fazer do corpo de Cristo um monte de vítimas. Se esse fosse o título de um livro, o subtítulo poderia ser “O Fim do Ministério Bíblico”. Em sua ansiosa adesão a esse tipo de psicologia, a Igreja deixou seu primeiro amor e se apaixonou pela sabedoria do homem e sua “filosofia e vãs sutilezas” (Cl 2.8; 1 Co 2). Que esse tipo de psicologia agora é algo comum nas igrejas pode ser visto na observação do Dr. Frank Furedi em seu livro Therapy Culture (A Cultura da Terapia), no qual ele diz: “Um estudo sobre ‘igrejas atraentes’ nos EUA afirma que a habilidade delas em cativar novos adeptos se baseia na habilidade de penetrarem na compreensão terapêutica dos americanos”.[13] Ele vê esse fato como uma preocupação com o ego e, realmente, tudo gira em torno do ego!

Tudo a ver com o ego

O enfoque da terapia psicológica está no ego e em seus problemas a partir da perspectiva de que o eu é essencialmente bom, mas está emocionalmente ferido pelas circunstâncias e por outras pessoas. Portanto, cada vez mais cristãos estão se vendo como vítimas inocentes com suas “falhas” e problemas existenciais devidos a outras pessoas e circunstâncias fora de seu controle. Pior ainda, alguns, que foram convencidos que a fonte de seus problemas é o que aconteceu com eles quando eram crianças, passam meses e anos na terapia e/ou na chamada cura interior. Alguns tentam obter introvisões através de lembranças de eventos reais e outros estão buscando memórias supostamente esquecidas de abuso e negligência. Outros são estimulados a ver uma figura de Jesus acrescentar algo à lembrança para curá-la ou mudá-la, mas, como isso tudo se passa na sua imaginação, eles acabam tendo um falso Jesus. A idéia em todo esse tipo de aconselhamento e cura interior é que o eu foi ferido de alguma maneira e deve ser ajudado e curado.
Dessa forma, a psicoterapia tenta consertar o ego para que a chamada bondade essencial possa ser experimentada e expressada. O modo de pensar psicológico vê o problema como se fosse exterior. A solução é encontrada no interior do eu, embora com a ajuda daqueles que têm conhecimento psicológico especial. O eu é central e deve ser nutrido com auto-amor, auto-estima, auto-valorização, sendo que todos estes devem levar à auto-realização, mas que geralmente aumenta a auto-absorção, o egocentrismo e a auto-indulgência.
Em contraposição, a Palavra de Deus apresenta a verdade sobre a humanidade: que somos pecadores por natureza e, portanto, não essencialmente bons em nós mesmos. Romanos 3.10 diz: “Não há justo, nem um sequer”. E, no versículo 23, lemos: “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus”. O problema do pecado vem de dentro de nós e a solução vem de fora de nós. Ela vem do próprio Deus por meio da cruz de Cristo, que suportou nosso pecado, e adquiriu uma nova vida para nós, que é recebida pela graça por meio da fé e vivida pela graça através da fé.

Vítima ou pecador?

Um dos objetivos principais de grande parte da psicologia do aconselhamento é aliviar a culpa para que os indivíduos possam sentir-se melhor acerca de si mesmos e, supostamente, conduzir suas vidas de modo mais eficiente. Ajudar um indivíduo a ver-se como necessitado, emocionalmente ferido, e maltratado ou decepcionado por outros é uma maneira conveniente de eximir-se da responsabilidade, do pecado e da culpa pessoais. Isso é o oposto do que a Bíblia diz, pois ela provê o remédio verdadeiro para o pecado e a única cura para a condição humana por meio de Cristo e de tudo o que Ele realizou para nos libertar do pecado e da culpa.
Toda a Escritura aponta para o Cordeiro de Deus morto antes da fundação do mundo. Seu ponto focal é que Jesus Cristo satisfez a ira de Deus contra o pecado, obtendo o perdão e uma nova vida para os crentes. O cristianismo tem tudo a ver com viver uma nova vida e reconhecer-se como morto para a vida velha. O cristianismo não tem nada a ver com enfocar problemas, os pecados e as limitações de outras pessoas, e também não tem nada a ver com pescar fatos do passado para consertar o presente. A vida cristã tem a ver com confessarmos nossos próprios pecados, caminharmos de acordo com a nova vida em Cristo: “esquecendo-me das coisas que para trás ficam, e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3.13-14).
A igreja primitiva tinha o único remédio para os problemas atuais e as circunstâncias passadas de todos nós: a cruz de Cristo! A magnitude do pecado de cada pessoa contra Deus, desde o berço até a sepultura, é mais do que cada um poderia imaginar, mas Jesus levou tudo sobre Si para que pudesse dar uma nova vida a todo crente. Ele, que não conheceu pecado, morreu no lugar daqueles que eram pecadores por natureza. Ele não veio para apenas reparar nossa carne (a velha natureza). Jesus veio para encravar nossa velha natureza na cruz para que os crentes, ao se identificarem com Ele, pudessem se reconhecer como mortos para a velha natureza e vivos para a nova natureza.
Até certo ponto, todos fomos afetados desfavoravelmente pelo pecado de outras pessoas, mas os efeitos adversos ou as tendências pecaminosas de nossos pais, ou as maneiras pecaminosas que aprendemos deles residem na carne (velha natureza). O problema, portanto, é nossa carne, e não algo exterior a nós mesmos, seja no passado ou no presente. A Bíblia não ensina às pessoas a nutrirem sua assim chamada “criança interior” ou a desenvolverem a auto-estima ou a esquadrinharem seus anos de infância buscando ver como os adultos falharam em relação a elas. A Bíblia não aconselha ninguém a se lembrar e a re-experimentar as dores do passado, as decepções, ou mesmo abusos, para obter crescimento pessoal ou espiritual. A Bíblia não sugere que as pessoas devem ser curadas emocionalmente antes que possam crer em Deus ou antes que possam crescer espiritualmente.
Considerando as penosas circunstâncias e a infância de muitos cristãos gentios, a igreja primitiva tinha grande número de “vítimas” em potencial (muitos nascidos e criados na escravidão, com o conseqüente abuso sexual e físico e tratados de modo desumano). Mas, a Igreja as tratou como vítimas que necessitavam de cura para suas feridas emocionais ou que precisavam lembrar da dor do passado a fim de conhecerem a Deus e crescerem espiritualmente? Não! A Bíblia não retrata os seres humanos como vítimas, mas como pecadores. Jesus morreu pelos pecadores, não pelas vítimas!

O caminho da cruz

O caminho da cruz é uma forma totalmente diferente de tratar das questões sérias da vida e com problemas existenciais. Em vez de tentar lembrar do passado e de alguma forma re-trabalhar as memórias dolorosas através da terapia ou da chamada cura interior, os cristãos precisam reconhecer que estão mortos para o passado, identificando-se com a morte de Cristo, e vivendo de acordo com a nova vida nEle. Tudo deve ser levado à cruz em vez de ser revivido e relembrado em conversações. Não obstante, muitas das pessoas que promovem esse retorno sem sentido ao passado concordam que Cristo morreu pelos nossos pecados, mas insistem em que muitos cristãos ainda precisam de cura do passado. Entretanto, cavar velhas lembranças com o propósito de mudar a vida presente é contraproducente em relação à cruz e, de fato, nega a obra acabada de Cristo.
Jesus disse: “Está consumado!” (Jo 19.30). Então nós dizemos aos amigos cristãos: identifiquem-se com essas palavras quando vocês trouxerem à cruz seus próprios pecados ou os pecados cometidos contra vocês. Reconheçam que Jesus sofreu a dor e a conseqüência eterna por aqueles pecados. Ele sentiu a dor e a agonia por todo pecado cometido contra vocês. Ele tomou tudo sobre Si e disse: “Está consumado!” Se uma lembrança voltar ao seu pensamento e provocar dor, tratem-na como uma tentação do inimigo, que quer roubar de vocês a verdade sobre o que Cristo fez e minar sua identificação com Ele, tanto em Sua morte quanto em Sua ressurreição. Satanás sempre trabalha para manter os cristãos lutando na carne, porque é aí que somos mais vulneráveis e também porque ele odeia a vida de Cristo em cada cristão. Ele fica muito satisfeito quando os cristãos andam de acordo com a carne ou com sua velha natureza. Portanto, o diabo fica satisfeito com todas as formas de terapia psicológica e formas relacionadas de cura interior, incluindo o Ministério de Oração Teofóstica.[14].

Pense biblicamente, não psicologicamente

Os cristãos precisam pensar biblicamente quando lêem livros sobre como viver e lidar com problemas existenciais. Precisam guardar sua mente quando observam ou ouvem crentes ou não-crentes conversando sobre como tratar com as questões da vida e sobre o que é ser cristão. Precisam estar alertas para expressões como: necessidades sentidas, rejeição, vidas quebradas, repressão, negação, mecanismos de defesa, complexo de inferioridade, sublimação, projeção, transferência, desajustamento, baixa auto-estima, o inconsciente, reservatórios escondidos, memórias escondidas, feridas emocionais, cura emocional, co-dependência, vício, compulsão, trauma, estresse, crise de identidade. Cada comportamento imaginável tem a possibilidade de uma descrição psicológica mal feita.
A Bíblia não sugere que as pessoas devem ser curadas emocionalmente antes que possam crer em Deus ou antes que possam crescer espiritualmente.
A utilização das terapias psicológicas ou da cura interior cega os cristãos para a glória da cruz e para o grande amor que foi derramado por eles. Aqueles que estão dispostos a encarar sua própria depravação e os pecados que continuam a cometer após terem recebido a nova vida e que percebem exatamente o que Cristo suportou no lugar deles têm uma realização muito maior no amor de Deus. Disse Jesus: “Mas aquele a quem pouco é perdoado pouco ama” (Lc 7.47). Assim, ao verem a magnitude do que Cristo fez ao perdoá-los, os crentes ficam conhecendo o amor dEle, e ao conhecerem e receberem o Seu amor, são capacitados a amá-lO também e o amor dEle flui do interior deles para os outros. A cruz é a resposta para todas as dores do passado, e Jesus é a resposta para todos os problemas existenciais do presente. Esta é a vitória ganha por Cristo e entretecida na vida dos crentes à medida que eles se reconhecem mortos para a vida velha e vivos para Ele. Não surpreende que o inimigo de nossa alma tenha inventado uma armadilha tão sedutora como fazer-nos ver a nós mesmos como vítimas!
Os cristãos não têm suas vidas transformadas por observarem os pecados dos outros ou por revisitarem o passado, mas por confessarem seu próprio pecado e por crerem que Jesus os libertou. Os cristãos precisam abandonar na cruz tanto seus pecados quanto os pecados cometidos contra eles, e não ficar tentando se lembrar, reconstruir, consertar, ou transformar a chamada criança interior, que é, na verdade, a velha natureza ou a carne. Eles devem viver a nova vida que Jesus lhes deu por direito, a nova vida que se estende até a eternidade. Colossenses 2.6-10 nos diz:
“Ora, como recebestes Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele, nele radicados, e edificados, e confirmados na fé, tal como fostes instruídos, crescendo em ações de graças. Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo; porquanto, nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade. Também, nele, estais aperfeiçoados. Ele é o cabeça de todo principado e potestade”.
A Palavra de Deus chama continuamente os crentes de volta à sua fonte de nova vida, de volta à fé em Cristo e a tudo o que Ele realizou para vivermos uma nova vida. Os crentes não são chamados para serem vítimas de suas circunstâncias presentes ou de seu passado ou de um poderoso inconsciente motivador supostamente formado durante o início de sua vida. Eles devem andar em fé, crescer em fé e “ser abundantes em ações de graça”. Isso não se parece com a lamúria de vítimas.
Além disso, Paulo admoesta os crentes a não deixarem que lhes roubem o que eles têm em Cristo através de “filosofia e vãs sutilezas” que os transformam em vítimas. As teorias de aconselhamento psicológico não são uma ciência. Elas caem melhor na categoria que Paulo chama de “filosofia e vãs sutilezas”. De fato, elas se assemelham mais a religião do que a ciência. O Dr. Thomas Szasz trata dessa questão claramente em seu livro The Myth of Psychoterapy (O Mito da Psicoterapia): “Aqui está uma das mais supremas ironias da psicoterapia moderna: ela não é meramente uma religião que pretende ser uma ciência, é, na verdade, uma falsificação de religião que busca destruir a religião verdadeira”.[15] As teorias de aconselhamento psicológico são coleções de opiniões humanas organizadas em moldes teóricos. Elas são invenções humanas baseadas em percepções e experiências pessoais dos próprios teóricos. Elas são “falatórios inúteis e profanos e as contradições do saber, como falsamente lhe chamam, pois alguns, professando-o, se desviaram da fé” (1 Tm 6.20-21).
Mesmo quando Paulo foi espancado e deixado para morrer, ele não se viu como vítima, mas como recipiente da verdadeira vida de Cristo pela graça através da fé. Por isso, ele afirmou: “Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gl 2.19b-20). Em vez de serem vítimas eternas buscando ser curados de feridas emocionais, os cristãos são novas criaturas em Cristo (2 Co 5.17), totalmente equipados para enfrentarem desafios, dificuldades, decepções, perigos e toda sorte de calamidades. Cristo já obteve a vitória e “Também, nele, estais aperfeiçoados. Ele é o cabeça de todo principado e potestade” (Cl 2.10).
A vitimização desvia a atenção da responsabilidade sobre aquilo que cada um pensa, diz e faz. Ela desvia a atenção do pecado de cada um e a coloca nos pecados que outros cometeram contra eles. A vitimização desvia os crentes da cruz de Cristo. Ela rouba dos crentes a gratidão pelo dom inexprimível de Deus e por isso rouba deles também a possibilidade de uma caminhada íntima com o Senhor. Fazer com que os cristãos sejam vítimas enfraquece-lhes a fé e impede seu crescimento espiritual. Cada escolha para andar de acordo com o Espírito, pela graça através da fé, traz maturidade espiritual. Todo crente tem que escolher se quer ser uma vítima definida e criada psicologicamente ou um pecador biblicamente definido, salvo pela graça e crescendo na semelhança de Cristo.